quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

- Breve Resumo




O começo de tudo, este deve ao anjo lúcifer. Isso mesmo, o que se revoltou contra Deus. Não que isso seja uma verdade absoluta, pois apesar de realmente lúcifer ser revoltado contra Deus, e contra suas idéias, (isto secretamente), de ele ter demonstrado isso claramente, não foi isso a revolução de fato. Lúcifer demonstrou seus conceitos e não demonstrou, quer dizer... É um tanto complexo. Tentemos explicar bem; dando assim um testemunho verídico e uma revelação inédita. Uma consciência que nem anjos nem homens ainda tiveram:

A dita revolução, para Yaveh e Lúcifer, que estavam por trás de tudo, era um simples acordo. Para o povo de éter, tratava-se de um inconformismo absurdo, uma revolta vã, que levou determinados anjos á privação de todas as benignidades oferecidas pelo maior de todos.

Lúcifer era um verdadeiro covarde. Sempre tivera aversão às idéias do “Eu Sou.” Porém, jamais queria se privar de qualquer conforto, ele que era o primeiro ser, depois de Deus, o maioral. Mas dentro dele havia um desejo enorme de acabar com toda essa mentira. Não era um sentimento angelista, de liberdade pra todos, de acabar com a mentira, nada disso. Ele tinha a consciência, isto é, ele acreditava que a mentira não é uma coisa ruim. Muitas vezes pode até ser boa. E quanto aos outros anjos... Eles não se importavam realmente com aquilo. Simplesmente viviam felizes. Mas o que pegava era ele próprio. Aquelas idéias o atingiam profundamente. Não se adaptava a elas. Para ele, uma revolução não se baseava em salvar os outros de algo que não os incomoda, mas de se livrar de algo que o incomoda. Logo, bastaria que ele pudesse agir de acordo com suas próprias idéias.

Porém certa vez lhe caíram nas mãos informações sobre a criação de um novo mundo, habitado por novos seres, mais habilidosos que os anjos, mais inteligentes que eles, com uma maior capacidade evolutiva, e, o que é pior, com um tal de livre arbítrio.

Lúcifer era capaz de ver nessas informações mais do que a oportunidade de injuriar uma boa parcela dos anjos, mas de fazer algo mais inteligente, ou talvez mais nobre. Havia também o fato de que embora nada se provasse nem se demonstrassem, muitos anjos acreditavam piamente que lúcifer seria um rebelde.

Na verdade, lúcifer não era realmente um cara mal. Isto é: até então não o era, só que suas idéias não eram compreendidas. Eram demasiado avançadas. Era realmente liberal, permissivo à idéias inimagináveis. Um anti-antiquado, antagonista a louvores, rezas, orações, dogmas, todo tipo de repressão e limitação da alma e da criatividade, adverso à obediência cega, à flexibilidade das regras, e à criminalização de certas coisas. Controverso a idéia absolutista de Deus, à sua incontestabilidade, a sua sempre certeza. Mas continha isso dentro de si. E só aliviava isso quando questionava isso aos outros anjos, sempre sem resposta convincente.

A grande contradição é que no ápice de toda a sua consciência, e tendo amigos e conhecidos com tendências às suas idéias, com uma mente (anjo também é gente!), mais aberta, porém nunca, jamais, discutia nem exprimia isso a ninguém e tudo por quê? Por convenções sociais. Apesar de toda a sua filosofia, praticava o que recriminava estava preso á um sistema que ele não curtia, até mesmo era O primeiro Ser depois de Deus.

Era uma característica inegável no lúcifer que ele dominava a palavra. Com seus pensamentos e sua verborragia, era capaz de metamorfosear e camuflar as situações, era capaz de transformar pedra em pau e pau em pedra se houvesse paus e pedras em éter. E ele o faria. Tinha a rara habilidade de manipular as situações, transformar, inverter, fazer com que as pessoas vissem o que ele quisesse coisas que provavelmente fugiram ao controle de qualquer anjo ou pessoa, mas ele sabia manipular e transformar em boas oportunidades. Era decerto um grandessíssimo marketeiro sabia fazer uma imagem. Tinha a suma capacidade de transformar qualquer bêbado pervertido em beato, de te provar que a frutose é uma substancia mineral, como o sal. Convertia qualquer ladrão em uma alma caridosa (Robin-Hood deve ter feito um pacto com ele).

Era capaz até de provar pra você que você é qualquer coisa, te convencer de que você mesmo não existe.

E tudo isso de que servia?

Para ele mesmo. Imprimia as mais diferentes impressões sobre os mais diferentes anjos. Enquanto Freud pensava em virar médico lúcifer já dominava até a psicologia dos anjos. Usava a sua imagem para se favorecer, mesmo que para isso tivesse de criar uma imagem ruim.

Por diversas vezes, as praticas de Lúcifer relativas à suas habilidades acabaram por criar e reforçar o mito satã, que é justamente aquele que prove dinheiro, fama, mulheres (ou homens) e que pode prover a qualquer um de qualquer coisa. O tempo e o exercício da “profissão” só aumentaram a sua eficiência. Antes mesmo de disseminarem entre os tolos mortais que ainda não existiam esses conceitos ambíguos de céu e inferno, Deus e Diabo, os “serezinhos”, que recém-habitavam o “planetinha” puderam testemunhar o “Mensageiro Das Trevas” a fazer suas mirabolâncias para distrair os homens do caminho reto. Isso acabou criando na mente dos “serezinhos” o estereótipo até hoje conhecido como Diabo. Isso e o fato de Deus ter comprado a alma de um tal de Jacó pra criar uma Imagem humanamente negativa para o Lúcifer e endeusar à Javeh. Sendo postos em questão todos esses fatos, lúcifer e Javeh dramatizaram e ensaiaram toda a épica trama que chamariam de revolução e que culminaria na máxima que regeria a vida dos mais tolos mortais.

Ou seja: arquitetaram a revolução para que os homens tivessem de viver entre Deus e o Diabo.

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3 comentários:

Unknown disse...

muito bom
escreva mais
que lerei!!!!!!!!!!!!

Nilmar disse...

Cara, muito bom! Tbm achei muito bacana a ideia viu!!!! Parabéns!

Denny Oliveira disse...

MARAVILHOSA IDÉIA MESMO, VIU...........
Parabéns Devana , por ter essas habilidades tão aprimoradas de persuasão em seus textos, viu...