quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Éter era o princípio de tudo. O estado inicial. E éter (por hora grafada em minúsculas) não era nada. éter era puramente de campos de imenso branco (ou azul) (ou verde) (ou amarelo) (ou qualquer outra cor). As cores mudavam de acordo com o seu espírito, o seu humor, o tempo, enfim, as cores mudavam.

Em direção a todos os horizontes não9 se viam senão anjos, as faces pudicamente cobertas pelas asas, reverentes a Deus, e por onde se olhasse lá estava aquela cor sólida do seu espírito, intocáveis, mas reais. Cores e asas, este era o cenário em éter. Eventualmente você topava com Deus a proferir ordens, sempre cercado de anjinhos e aquela auréola que ele dera pra usar agora que o lúcifer achava ridícula (- nossa, javeh, como você fica bem com esta circunferência).

Embora fosse éter esse todo branco (ou azul) (ou verde) (ou amarelo) (ou qualquer outra cor), e fosse uma coisa que não tinha mais fim, por mais que se andasse, por mais que se mantivesse uma trajetória retilínea, os anjos nunca se perdiam, era como se andassem sempre em círculos, e sempre estavam encontrando-se uns aos outros eventualmente.

Mas nem só de branco (ou azul) (ou verde) (ou amarelo) (ou qualquer outra cor) e asas viveram os anjos. Havia éter um edifício, um único edifício, mas um edifício enorme e suntuoso, um palácio de Bukingham divino, com átrios em volta e um enorme portão. Para se falar com Deus (ou com lúcifer) lá é que se falava. Ai, ai, pobres anjinhos. Não tinham noção do que se transformaria éter.

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Bem, leitores, antiga éter. Antiga éter, leitores.

Agora que tomamos conhecimento da dita éter, feitas todas as observações, voltemos ao que fazia o astuto lúcifer na ocasião em questão.




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