domingo, 25 de janeiro de 2009


Soou o grande sinal, e então todos souberam que era chegado o momento do Grand’espetáculo. Logo começou um movimento quase que turbulento, não fossem os anjos tão coordenados e controláveis, em direção à central... Perdão. Permita-me apresentá-la.

Era uma grande e abastada construção, se bem que qualquer barraco em éter seria uma grande e abastada construção, mas o fato é que era uma construção que faria a mão esquerda do Paulo Octávio coçar pra valer. A angélia chamava-o de central. Outros chamavam simplesmente de O Edifício. Os mais irônicos, diga-se de passagem, lúcifer, chamavam-na de A Corte.

Realmente tinha dimensões extravagantes. Tinha uma arquitetura arrojada até para nossa época. Um design que misturava quadrados com curvas, altos com baixos, era um prédio altamente funcional, mas mesmo assim ainda muito bonito. Era todo feito de um material que os homens posteriores não chegaram á conhecer. Era de um branco cintilante, quase lilás, mas não era branco nem lilás. Era de uma textura semelhante á de fogo, mas era mais. Era meio que sólido, algo de imutável, e era difícil que se visse o edifício por dentro. Esse material provocava um efeito luminoso resplandecente.

No interior da construção se contemplava um efeito visual que nunca deixou de impressionar os anjos.

O prédio era enorme e suntuoso. Lá ficavam os dois jornais que abasteciam a angélia. Antes havia apenas um jornal. Porém, um dos sócios, aquele que era o mestre do lúcifer, começou a discordar da forma como seu superior dirigia o jornal, e a questionar o processo do jornal. Discordava da forma parcial como se escrevia. Começou a se manifestar e fazer barulho, inquietar deus e os anjos. A fim de apaziguar a situação, deus criou um outro jornal sob Chefia do mestre luciferiano, que por tendências naturais acabou ficando totalmente diferente do outro. Fabríciel trabalhara lá, o próprio lúcifer começou sua escalada lá, trabalhou lá por certo tempo. Quase esqueço do nome. O primeiro, o veiculo original chamava-se correio celeste. O do mestre de lúcifer tinha o nome de gazeta etérea.

Havia também no prédio um enorme anfiteatro, onde a orquestra ensaiava e fazia suas apresentações. Em outra ocasião conheceremos outras dependências da central.

Pronto. Agora a central é conhecida nossa.posso voltar sem o peso das dividas, à narrativa em que um cardume angelical se dirigia à esse prédio fabuloso.

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